Com recorde histórico de produção em 2020 — 35,6 bilhões de litros, dos quais 34 bilhões de cana-de-açúcar, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) — , o Brasil é o segundo produtor de álcool do mundo, o que traz impacto econômico, mas também ambiental. A produção do etanol gera uma série de resíduos, entre eles um efluente conhecido como vinhaça ou vinhoto, líquido que sobra da destilação e, no caso da cana-de-açúcar, em uma proporção alta: de 12 a 18 litros por litro de álcool produzido. O reúso mais comum da vinhaça no país é como fertilizante, o que dá destino ao efluente sem no entanto descartar o seu risco altamente poluidor.
Uma pesquisa de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia (PPGEBB) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) desenvolveu uma alternativa para o tratamento desse tipo de efluente, utilizando microalgas encapsuladas. A técnica permite tratar a vinhaça e transformá-la em um meio de cultura com possibilidade para produção de microalgas de potencial biotecnológico. O processo está descrito no artigo "Rice vinasse treatment by immobilized Synechococcus pevalekii and its effect on Dunaliella salina cultivatio", publicado na revista Bioprocess and Biosystems Engineering. (...).
Links de interesse
Reportagem completa, com infográfico, no site Ciência UFPR: https://ciencia.ufpr.br/portal/?p=19975
Artigo "Rice vinasse treatment by immobilized Synechococcus pevalekii and its effect on Dunaliella salina cultivation": https://link.springer.com/article/10.1007/s00449-021-02531-9
Foto ilustrativa disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Aplica%C3%A7%C3%A3o_de_Vinha%C3%A7a_-
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