Simpósio reunirá em Curitiba especialistas em formigas de 14 países
UFPR abriga um renomado grupo de pesquisa sobre formigas, que são insetos importantes para avaliar a conservação ambiental e o equilíbrio da cadeia alimentar
Cerca de 360 especialistas em insetos sociais – especialmente formigas –, de 14 países, vêm a Curitiba na próxima semana para participar do XXIII Simpósio de Mirmecologia. A realização do evento na cidade é um marco para a UFPR, que foi a primeira universidade brasileira a criar um Departamento de Zoologia, abriga o mais antigo programa de pós-graduação em Entomologia do País e tem um renomado grupo de pesquisa sobre formigas.
Esta é a segunda vez que o simpósio acontece no Paraná. A primeira foi em Londrina, em 2001. Rodrigo Feitosa, professor do Departamento de Zoologia da UFPR e integrante da comissão organizadora do evento, diz que o Estado ocupa atualmente um lugar de destaque na Mirmecologia internacional. Além do grupo de pesquisa da UFPR, há grupos conceituados de pesquisa sobre formigas nas sedes da Embrapa em Colombo e Londrina. “O estado é um importante centro de formação de novos mirmecólogos, especialmente nas áreas de taxonomia, sistemática, biologia evolutiva e manejo de formigas de importância econômica”, afirma.
O simpósio começa na segunda-feira, dia 23, com uma cerimônia no Museu Oscar Niemeyer, às 18h10, e prossegue até sexta (27), no Setor de Ciências Sociais Aplicadas da UFPR, no Jardim Botânico. Entre os temas de destaque estão a aplicação de formigas em diversas áreas da biologia, como a biodiversidade, conservação dos biomas terrestres, ecologia de populações e comunidades, bioinvasão, controle de pragas, comportamento animal, interações plantas/animais, taxonomia e a biogeografia.
De acordo com Feitosa, o simpósio é uma oportunidade para intercâmbio de conhecimentos entre pesquisadores de diferentes regiões do Brasil e do exterior e para integrar as várias áreas do conhecimento científico que contribuem para o avanço da Mirmecologia no mundo. Além disso, espera-se estimular o estabelecimento de parcerias técnico-científicas e de arranjos multi-institucionais de pesquisa e consolidar o Brasil como polo de pesquisa e desenvolvimento nas diversas áreas de conhecimento em Mirmecologia.
O professor destaca que, pela primeira vez desde a sua primeira edição, em 1980, o simpósio conta com o apoio da Sociedade Brasileira de Entomologia (SBE). “O apoio da SBE ao evento, formalizado em assembleia oficial em fevereiro de 2017, é uma demonstração da importância do Simpósio de Mirmecologia no cenário entomológico nacional e reflete a confiança da atual diretoria no potencial científico do evento”, afirma.
Importância das formigas
As formigas – que podem medir menos de um milímetro e chegar no máximo a seis centímetros – são insetos muito sensíveis a perturbações ambientais. Assim, são importantes bioindicadores, que podem ser usados, por exemplo, para inferências a respeito do status de conservação de um ambiente.
Além disso, são fundamentais para o equilíbrio das redes tróficas, uma vez que participam de uma série de interações com outros organismos na natureza. Elas cumprem ainda papel importante na ciclagem de nutrientes no solo – ao revolver a terra para construir seus ninhos – e na dispersão de sementes de plantas.
Cientistas estimam que apenas dois terços das espécies de formigas existentes no planeta Terra estejam descritas até agora. São 14 mil espécies, e haveria em torno de 7 mil ainda por classificar e descrever. Das espécies catalogadas, cerca de 20% ocorrem no Brasil – uma incidência explicada pela riqueza da biodiversidade do País, cujas dimensões continentais permitem abarcar diferentes faixas de temperatura e umidade.
A programação completa do XXIII Simpósio de Mirmecologia está disponível aqui: http://mirmeco2017.wixsite.com/mirmeco2017/programacao
Esta é a segunda vez que o simpósio acontece no Paraná. A primeira foi em Londrina, em 2001. Rodrigo Feitosa, professor do Departamento de Zoologia da UFPR e integrante da comissão organizadora do evento, diz que o Estado ocupa atualmente um lugar de destaque na Mirmecologia internacional. Além do grupo de pesquisa da UFPR, há grupos conceituados de pesquisa sobre formigas nas sedes da Embrapa em Colombo e Londrina. “O estado é um importante centro de formação de novos mirmecólogos, especialmente nas áreas de taxonomia, sistemática, biologia evolutiva e manejo de formigas de importância econômica”, afirma.
O simpósio começa na segunda-feira, dia 23, com uma cerimônia no Museu Oscar Niemeyer, às 18h10, e prossegue até sexta (27), no Setor de Ciências Sociais Aplicadas da UFPR, no Jardim Botânico. Entre os temas de destaque estão a aplicação de formigas em diversas áreas da biologia, como a biodiversidade, conservação dos biomas terrestres, ecologia de populações e comunidades, bioinvasão, controle de pragas, comportamento animal, interações plantas/animais, taxonomia e a biogeografia.
De acordo com Feitosa, o simpósio é uma oportunidade para intercâmbio de conhecimentos entre pesquisadores de diferentes regiões do Brasil e do exterior e para integrar as várias áreas do conhecimento científico que contribuem para o avanço da Mirmecologia no mundo. Além disso, espera-se estimular o estabelecimento de parcerias técnico-científicas e de arranjos multi-institucionais de pesquisa e consolidar o Brasil como polo de pesquisa e desenvolvimento nas diversas áreas de conhecimento em Mirmecologia.
O professor destaca que, pela primeira vez desde a sua primeira edição, em 1980, o simpósio conta com o apoio da Sociedade Brasileira de Entomologia (SBE). “O apoio da SBE ao evento, formalizado em assembleia oficial em fevereiro de 2017, é uma demonstração da importância do Simpósio de Mirmecologia no cenário entomológico nacional e reflete a confiança da atual diretoria no potencial científico do evento”, afirma.
As formigas – que podem medir menos de um milímetro e chegar no máximo a seis centímetros – são insetos muito sensíveis a perturbações ambientais. Assim, são importantes bioindicadores, que podem ser usados, por exemplo, para inferências a respeito do status de conservação de um ambiente.
Além disso, são fundamentais para o equilíbrio das redes tróficas, uma vez que participam de uma série de interações com outros organismos na natureza. Elas cumprem ainda papel importante na ciclagem de nutrientes no solo – ao revolver a terra para construir seus ninhos – e na dispersão de sementes de plantas.
Cientistas estimam que apenas dois terços das espécies de formigas existentes no planeta Terra estejam descritas até agora. São 14 mil espécies, e haveria em torno de 7 mil ainda por classificar e descrever. Das espécies catalogadas, cerca de 20% ocorrem no Brasil – uma incidência explicada pela riqueza da biodiversidade do País, cujas dimensões continentais permitem abarcar diferentes faixas de temperatura e umidade.
Contato para esta matéria: Lorena Klenk Telefone: (41) 33605008
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