2018-11-19 17:57:06.0

Receptora e doador de medula se encontram, pela primeira vez, no HC

TMO
O transplante ocorreu há um ano e oito meses

Enquanto ele, com 24 anos, mora em Londrina, no Paraná, e tem uma saúde de ferro. Ela com apenas 11 anos, mora em Salvador, na Bahia, foi diagnóstica com uma doença que para muitos seria uma sentença fatal, pois teria uma sobrevida média de até três anos.

Estamos falando de Robson Carlos e de Micaela Lorrana que, apesar da distância média de 2,300km, cerca de 30 horas de viagem, de não serem parentes, têm em comum o mesmo sobrenome - Santos, e, agora, o mesmo sangue.

Muito embora ser mais comum em apenas quatro casos em cada 100 mil habitantes, sendo em sua maioria em homens, idosos acima de 70 anos, a menina Micaela, depois de sete anos de investigação, foi diagnosticada com a Síndrome Mielodisplásica (MSD).

A MSD é uma espécie neoplasia (câncer) das células sanguíneas em que há um aumento daquelas que são imaturas, que podem ir para o fígado ou para o baço, e uma produção de células sanguíneas anormais, tendo a possibilidade de se transforma até em uma leucemia.

Quando deu entrada no Hospital de Clínicas da UFPR, em 2017, não tinha certeza de como seria seu futuro, porque têm pessoas que demoram muitos anos até encontrar um doador de medula e muitos podem até a não o encontrar, pois tem que ser compatíveis. Segundo Robson, “a compatibilidade foi de 100%”. A chance de acontecer isso é muito rara, pois “é de uma em 100 mil para não aparentados”, informou o supervisor-médico e hematologista Samir Kanaan Nabhan, pertencente ao Serviço de Transplante de Medula Óssea (STMO).

O encontro emocionante se deu, primeiramente, em separado, entre os dois – receptora e doador – e, depois, vieram a público de maneira emocionada contar como foi, no ambulatório do STMO, no dia 09 de novembro.Com a camiseta com os dizeres “A união traz a cura”, nome da organização não governamental que propiciou o encontro, e ao lado da presidente da instituição Eliete Ferreira, o doador não se conteve de alegria em poder ajudar de uma maneira também efetiva com uma criança que, a partir de então, tem toda a vida pela frente. 

O STMO
O Serviço de Transplantes de Medula Óssea tem muito o que comemorar, veja a linha do tempo:
1979 -  Há 39 anos: Realização do primeiro transplante de medula óssea da américa latina pela equipe do médico hematologista Ricardo Pasquini, que ficou por 30 anos na chefia do Serviço.
1986 – Há 32 anos: Logo o após o acidente Chernobil, o STMO capacitou médicos, enfermeiros e demais profissionais de saúde ucranianos para o tratamento adequado na pós-catástrofe nuclear. Em 2011, na ocasião do 25º aniversário do acidente nuclear, foi recebido um diploma de agradecimento.
1992 – Há 26 anos: utilizadas pela primeira vez células de sangue do cordão umbilical em transplante de medula óssea na América Latina.1995 – Há 23 anos: fez o primeiro transplante de medula óssea entre indivíduos não aparentados no Brasil.
2007 - Serviço de Transplante de Medula Óssea inaugura Centro de Pesquisa e é o primeiro do Brasil a receber o Certificado Internacional do Programa Nacional do doador de Medula (NMDP - National Marrow Donor Program) do Estados Unidos, por cumprir 100% dos requisitos necessários.
2009 – Há 09 anos: Serviço de Transplante de Medula Óssea completa 30 anos com mais de dois mil transplantes realizados.
2019 – No próximo ano, o Serviço completará 40 anos de história de muitas vidas.

*Esta notícia pode ser lida em sua íntegra na intranet e na internet do Complexo HC.
Contato para esta matéria: CHC - Unicom  Telefone: (41) 33601864  
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